Não vou ser a estrela do meu "monólogo do jogo".
9 JUNHO – Reflexão do dia
Alguns de nós ainda novos em Jogadores Anónimos não podíamos deixar de dizer a alguém que estava disposto a ouvir, que éramos simplesmente "terríveis". Assim como, por orgulho, nós exageramos as nossas modestas ações, também exageramos sobre os nossos defeitos de culpa. Como se estivéssemos numa disputa, e "confessando tudo", de alguma forma pensávamos que o relato exagerado dos nossos pecados era um sinal de verdadeira humildade, dando a este relato uma qualidade espiritual. Só quando progredimos no Programa é que conseguimos perceber que a nossa atitude teatral e as nossas histórias eram meras formas de exibicionismo. Com esta consciência, começámos a ter um pouco de humildade.
Estou a começar a perceber que afinal não sou assim tão importante?
Hoje eu peço:
Que eu consiga aprender que há uma grande diferença entre a verdadeira humildade e uma auto depreciação dramática. Que eu me interrogue se, com as minhas histórias de jogo, não quererei inconscientemente colocar-me no centro do palco para competir com os outros a ver quem fez coisas piores ou correu mais riscos. Que tenha cuidado para não dar uma conotação de grandeza "épica" e de atos heroicos aos relatos das minhas ações compulsivas. Que eu evite chegar aos limites do orgulhoso "monólogo do jogo".
Hoje vou lembrar-me:
Não vou ser a estrela do meu "monólogo do jogo".